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Ney Vasconcelos

Integrante da Osesp desde: março de 1993.
Obra favorita:Concerto de Brandemburgo nº 3 em Sol maior, de J. S. Bach.

Natural de Camocim, no Ceará, o contrabaixista Ney Vasconcelos, inicialmente autodidata, aprendeu a ler e a escrever música sozinho. Em Fortaleza, aproximou-se da música através do repertório popular, tocando violão e baixo elétrico, instrumentos que jamais estudou formalmente. À época, tocou na Latim em Pó, uma banda com sonoridade tropicalista e influenciada por Frank Zappa que mantinha com Mimi Rocha, Domingos Fazio, Rui Vasconcelos e Márcio Figueiredo. Em 1987, depois de se graduar em história pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), transferiu-se para Tatuí e ingressou no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, onde estudou contrabaixo acústico com Sérgio de Oliveira, professor que continuou a orientá-lo por alguns anos depois que se transferiu para São Paulo.

Em 1990, entrou para a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo e para a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paul, onde permaneceu até 1993. De 1994 a 1997, atuou como contrabaixo solista e monitor da Orquestra Experimental de Repertório (OER) e, durante toda a década de 1990, integrou a Camerata Fukuda. Em 2002, entrou para o Quintal Brasileiro, quinteto de cordas que mantém com os violinistas Luiz Amato e Fábio Nascimento, a violoncelista Adriana Holtz e a violista Emerson de Biaggi. Com eles, gravou os CDs _Abstrações _(Independente/Tratore, 2006), Vibrações (Independente/Tratore, 2011), Valsas e Retratos: Radamés Gnattali(Selo SESC SP, 2012), em colaboração com Izaías e Seus Chorões, e Amolafaca (Independente, 2019), que foi contemplado pelo Programa de Ação Cultural de São Paulo (ProAC). Integrou ainda a Orquestra Sinfônica de Santo André (OSSA) e o Kontraquarteto, quarteto de contrabaixos idealizado por Ana Valéria Poles e Sérgio de Oliveira, voltado para a execução tanto de obras originais quanto arranjos para essa formação.

Participou do Festival de Inverno de Campos do Jordão em 1988 e 1989, da Oficina de Música de Curitiba e do Festival Internacional de Música de Maringá (FIMMA). Como compositor, escreveu um Quinteto para piano e cordas, editado há alguns anos na Espanha.

Entre os muitos momentos vividos com a Osesp, um dos mais marcantes foi a apresentação na Philharmonie, em Colônia, em 2007. O concerto fazia parte da turnê pela Europa em celebração dos 10 anos de John Neschling à frente do grupo.

Já há algum tempo vem traduzindo a obra do teólogo suíço Hans Urs von Balthasar [1905-1988] do alemão para o português, bem como alguns títulos de Joseph Ratzinger [1927-2022]. Algumas dessas traduções já foram publicadas, e tem sido através delas que aprendeu e continua a aprender a língua alemã. Sem ter feito nenhum curso de alemão ou teologia, aprofunda-se nesses campos apenas através da prática diária, que mantém desde 2003, de estudar a obra desses autores.

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