Natural de São Paulo, o barítono Moisés Téssalo iniciou seus estudos de canto no CORALUSP, em 1999, onde estudou com a regente Vera Novack e a cantora Renata Celani. Dois anos depois, ingressou na EMESP Tom Jobim, a fim de estudar canto com Adriano Vasconcelos. Em 2005, passou a frequentar o Ópera Studio da EMESP Tom Jobim, coordenado por Mauro Wrona.
Cantou por quatro anos no Coral Jovem do Estado de São Paulo, sob regência de José Ferraz de Toledo, e atuou, entre 2002 e 2004, como monitor da Associação Coral da Cidade de São Paulo, hoje Cia. UNIOPERA, sob a supervisão e direção de Luciano Camargo. Desde 2002, faz trabalho de acompanhamento vocal e técnico com o barítono Francisco Campos.
Participou de relevantes festivais de música do país, como o Festival de Inverno de Campos de Jordão de 2003, em que trabalhou com o regente sueco Erik Westberg, o Festival Música nas Montanhas de 2006, onde frequentou as turmas de canto da mezzo soprano Regina Elena Mesquita e de Francisco Campos, e o Festival de Artes de Itu, em 2002, onde mais uma vez teve aulas com Francisco Campos.
Debutou na ópera Così Fan Tutte K. 588, de W. A. Mozart, como Don Alfonso, em 2005, numa produção do Ópera Studio da EMESP Tom Jobim. Interpretou ainda Bartolo, em O Barbeiro de Sevilha, de Gioachino Rossini e participou de montagens de Forrobodó: Burleta de Costumes Cariocas, de Chiquinha Gonzaga, e de Maroquinhas Fru-Fru, de Ernst Mahle. Como solista, destacou-se em obras como a Cantata BWV 100, de J. S. Bach, a Missa da Coroação K. 317 e o Réquiem em Ré Menor K. 626, de Mozart, o Salmo 115 Op. 31, de Felix Mendelssohn, e Laudate Pueri, do padre José Maurício Nunes Garcia. Junto ao Coro da Osesp, gravou os álbuns Canções do Brasil (Biscoito Fino, 2010) e Aylton Escobar: Obras para Coro (Selo Digital Osesp, 2013), ambos sob a regência de Naomi Munakata, José Maurício 250 (Selo Digital Osesp, 2017), sob a batuta de Carlos Alberto Figueiredo, Heitor Villa-Lobos: Choral Transcriptions (Naxos, 2019), sob a regência de Valentina Peleggi, e Rossini: Petite Messe Solenelle (Selo Digital Osesp, 2023), sob a direção de Thomas Blunt.
Dá aula em um projeto voltado para pessoas que não trabalham com música, mas que desejam aprimorar sua técnica vocal. Seu percurso musical é marcado também por pequenos milagres — que atribui a Deus. Seguro de sua inabilidade para a música, jamais se imaginara atuando como músico, ainda que diversas pessoas o tivessem estimulado a aprender canto. A mudança de rota ocorreria quando uma amiga, sem que soubesse, o inscreveria no CORALUSP. Pego de surpresa, decidiu dar uma chance ao canto. Graças ao acolhimento no projeto e às estimulantes experiências, decidiu buscar a profissionalização na área de música, caminho que o levaria ao Coro da Osesp, grupo com o qual estreou na mesma noite em que nasceu seu primeiro filho.