Integrante da Osesp desde: 06 de março de 2008.
Obra favorita: Um Réquiem Alemão Op. 45, de Johannes Brahms, que cantou com a Osesp em 2008, 2013 e 2019.
Natural de {cidade}, em {estado}, o tenor Luiz Guimarães formou-se em canto lírico e ópera studio pela EMESP Tom Jobim, onde estudou com o cantor e regente Marcos Thadeu e com a mezzo soprano Regina Elena Mesquita. Na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), bacharelou-se em canto lírico, sob orientação da soprano Márcia Guimarães e do maestro Abel Rocha.
Integrou o Coral Jovem do Estado de São Paulo e a Academia de Ópera do Theatro São Pedro. Mas também contribuíram para sua prática coral as participações nos coros de câmara do 34º Festival de Inverno de Campos de Jordão e da 7ª e da 11ª edições do Festival Música nas Montanhas, de Poços de Caldas, em Minas Gerais. Nesses eventos, apresentou-se sob as batutas do regente sueco Erik Westberg e de Marco Antônio Ramos, professor de regência coral da Universidade de São Paulo (USP).
Com ampla experiência como solista, desempenhou papeis de destaque junto à Osesp, nas apresentações da Missa em Dó Maior Op. 86 e da Sinfonia nº 9 em Ré Menor Op. 125, de L. V. Beethoven, e da Missa Brevis BWV 234 em Lá Maior e da Cantata BWV 211, conhecida como Cantata do Café, de J. S. Bach. Com o Coro da Osesp, solou a Missa em Sol Menor, de Vaughan Williams, a Missa Tiburtina, de Giles Swayne, e a Petite Messe Solenelle, de Gioachino Rossini, performance registrada no álbum Rossini: Petite Messe Solenelle (Selo Digital Osesp, 2023). Foi solista no Oratório de Natal Op. 12, de Camille Saint-Saëns, com a Orquestra Acadêmica da Osesp, no Réquiem em Ré Menor K. 626, de W. A. Mozart, tanto com a Orquestra Jovem de Guarulhos quanto com a Orquestra Sinfônica Municipal de Santos, e na Missa de Réquiem, do padre José Maurício Nunes Garcia, com a Orquestra Sinfônica de Santo André (OSSA).
No universo da ópera, interpretou Flute, em Sonho de Uma Noite de Verão Op. 64, de Benjamin Britten, produzido pelo Theatro São Pedro, além de Guglielmo de Viva la Mamma, de Gaetano Donizetti, e o protagonista de Orfeu no Inferno, de Jacques Offenbach, em montagens da Academia de Ópera do Theatro São Pedro. Na 31ª e na 37ª edições da tradicional Oficina de Música de Curitiba, atuou como Rinuccio, na ópera Gianni Schicchi, de Giacomo Puccini, e como Don José, na ópera Carmen, de Georges Bizet.
Além do registro da missa de Rossini, gravou com o Coro da Osesp os álbuns Canções do Brasil (Biscoito Fino, 2010) e Aylton Escobar: Obras para Coro (Selo Digital Osesp, 2013), ambos sob a regência de Naomi Munakata, José Maurício 250 (Selo Digital Osesp, 2017), sob a batuta de Carlos Alberto Figueiredo, e Heitor Villa-Lobos: Choral Transcriptions (Naxos, 2019), sob a regência de Valentina Peleggi. Também participou do CD A Música de Gilberto Mendes (Selo SESC SP, 2010) e do álbum Casa Submersa (Independente, 2019), de Rodrigo Vellozo e Bruno Menegatti.
Com finalidade tanto artística quanto pedagógica, desenvolve no âmbito acadêmico traduções e adaptações para o português cantado de canções e óperas do repertório erudito. A pesquisa foi tema da monografia produzida no curso de pós-graduação em pedagogia vocal, expressão e técnica da Faculdade Santa Marcelina, sob supervisão de Joana Mariz, e motivará o trabalho de mestrado em performance musical que inicia em 2024 na Universidade Estadual Paulista (UNESP). Sua tradução de A Bela Helena, de Jacques Offenbach, foi encomendada para a Oficina de Música de Curitiba, onde foi montada em 2020. Suas versões de Uma Partida de Bridge, de Samuel Barber, de Trouble in Tahiti, de Leonard Bernstein, de A Solteirona e o Ladrão, de Gian Carlo Menotti, e de O Rosto no Chão do Bar, de Henry Mollicone, foram apresentadas pela Fábrica de Ópera IA-Unesp.
Das preciosas memórias que acumula junto ao grupo, destacam-se os dois concertos da Osesp no lendário Carnegie Hall, em 14 e 15 de outubro de 2022, quando, sob a regência de Marin Alsop, apresentaram um repertório variado e o espetáculo Floresta Villa-Lobos, um tributo à cultura e à natureza brasileiras em 75 minutos de música sem intervalo e com um vídeo imersivo exibindo as riquezas da flora e fauna do país.
Ao lembrar de todo o bullying que sofreu na infância em razão de sua voz particularmente aguda, Luiz nota a ironia no fato de que o tormento de sua infância se revelou hoje a alma de seu sucesso profissional.