Integrante da Osesp desde: maio de 1994.
Obra favorita: Concerto para clarineta e orquestra em Lá maior, de Mozart.
Natural de Americana, em São Paulo, o clarinetista Ovanir Buosi iniciou seus estudos musicais aos 12 anos de idade, com Luís Afonso Montanha. Em 1997, graduou-se pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), onde foi orientado por Sérgio Burgani. Entre 2002 e 2003, deu sequência à sua formação através de um curso de aperfeiçoamento no Royal College of Music (RCM), em Londres, sob orientação de Michael Collins. Também em 1997, teve seu primeiro contato com a técnica Alexander, por indicação de seu professor de clarineta na época. Ao longo dos anos seguintes, no Brasil, realizou aulas sobre a técnica com Isabel Sampaio, Reinaldo Renzo e Roberto Reveilleau e, na Inglaterra, fez aulas particulares e cursos com os professores Walter Carrington, John Hunter, Peggy Williams, Karen Wentworth e John Brown. Em 2010 participou da primeira turma da primeira Escola Brasileira de Formação de Professores da Técnica Alexander, com a direção do professor Reinaldo Renzo. Em 2014 obteve seu diploma de professor. Ministrou oficinas de técnica Alexander na Universidade de São Paulo (USP), no Instituto Baccarelli, um dos mais relevantes projetos sociais de música do Brasil, e no Gramado in Concert — Festival Internacional de Música.
Conquistou o 1º lugar no Prêmio Weril, para solistas de instrumentos de sopro e o 2º lugar no X Prêmio Eldorado de Música. Venceu ainda o Solistas da Rádio MEC e o Concurso Jovens Solistas da Osesp. No Reino Unido, integrou a Royal Scottish National Orchestra (RSNO) e a Southbank Sinfonia, com a qual se apresentou como solista.
Como solista, realizou a estreia brasileira do Concerto para Clarineta e Orquestra, de John Corigliano, junto à Osesp, e apresentou-se à frente da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, da Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB), da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (OSMC), da Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP), da GRU Sinfônica e da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA).
Professor da Academia de Música da Osesp, ministrou cursos no Festival de Inverno de Campos do Jordão, no Festival Internacional de Música de Santa Catarina (FEMUSC), em Jaraguá do Sul, e na Oficina de Música de Curitiba. Desenvolve intensa atividade camerística, apresentando-se regularmente em importantes séries de música de câmara brasileiras, como a Solistas da Osesp, a Semana Internacional de Música de Câmara do Rio de Janeiro, a série Osesp Masp e a Série BNP Paribas de Música de Câmara, da Pinacoteca de São Paulo. Fez parte do Quinteto de Sopros de Curitiba, com o qual gravou o CD Quinteto de Sopros de Curitiba (Elysium, 1996), e do London Winds, prestigioso quinteto britânico de sopros junto ao qual se apresentou em turnê pela Holanda.
Colaborou intensamente com o Quarteto Portinari, o Quarteto Osesp, o Quarteto de Cordas Arianna, dos Estados Unidos, o Quarteto Zaïde, da França, e com o pianista Horácio Gouveia, com quem lançou o CD Retrato das Américas: A Clarineta do Norte ao Sul (Independente, 2014). Desde 2016, integra o Quinteto Zephyros, com a flautista Cláudia Nascimento, o oboísta Arcadio Minczuk, o trompista Luiz Garcia e o fagotista Fábio Cury, com o qual gravou o álbum Quinteto Zephyros: Heitor Villa-Lobos; Samuel Barber; Alexandre Lunsqui; Paquito D’Rivera (Independente, 2018). Integra também o recém-criado Sexteto São Paulo. Solou o Choro para Clarinete e Orquestra no CD _Camargo Guarnieri: Choros II; Flor de Tremembé (NAXOS, 2022) e figura no álbum Cláudio Santoro: Fantasias Sul América; Sonata para Violino Solo (Naxos, 2023), gravado por músicos solistas da Osesp.
Dos muitos momentos com a Osesp, guarda especialmente na memória o primeiro concerto do grupo no BBC Proms, quando se apresentaram, sob regência de Marin Alsop, junto ao lendário pianista brasileiro Nelson Freire, no Royal Albert Hall, em Londres, em 15 de agosto de 2012. Também recorda com grande emoção de quando a Orquestra gravou os álbuns com o Choro para Clarinete e Orquestra, de Camargo Guarnieri, lançado em 2022 pelo selo Bis, e o Concertino para Clarineta e Orquestra, de Francisco Mignone, que será lançado em 2024, duas das principais obras concertantes para clarineta e orquestra de compositores brasileiros.
Já foi um tenista assíduo, que fazia aulas regulares e participava de campeonatos em pequenas academias. Chegou a cogitar se profissionalizar, mas abandonou o esporte por medo de que o desgaste nos braços e ombros prejudicasse sua performance como clarinetista.