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Osesp, Thierry Fischer e o violinista Roman Simovic (19/ago)

Thig crìoch air an t-saoghal, ach mairidh gaol is ceòl. Não, seus olhos não estão embaralhando as letras. Esse é um famoso provérbio gaélico escocês que diz: “o mundo vai acabar, mas o amor e a música durarão”. Esperamos que a primeira parte dessa máxima nunca aconteça, mas estamos 100% de acordo com a segunda, tanto que é por acreditarmos no poder da música que fazemos o que fazemos — seja na Sala São Paulo, seja no Festival Internacional de Edimburgo, capital da Escócia e terceira parada nesta turnê que celebra os 70 anos da Osesp.

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O Festival
A primeira vez que nos apresentamos aqui foi em 22 de agosto de 2016. Em 19 de agosto de 2024, quase oito exatos anos depois, foi uma alegria revisitar essa cidade que respira cultura — seja nos incontáveis “buskers” (o nome dado aos artistas que se apresentam nas ruas), seja no palco do centenário e charmoso Usher Hall.

Criado em 1947 por Rudolf Bing, o Festival transforma a paisagem local com seus cartazes e banners amarelos, recebendo ao longo de um mês uma intensa programação de ópera, dança, teatro e, claro, música clássica, com muito envolvimento da comunidade e convidados de várias partes do globo. A edição de 2024 tem o tema Rituals that unite us [Rituais que nos unem], alinhado à missão de fazer do evento um espaço para reflexão e celebração, trazendo pessoas de diferentes culturas e perspectivas. Não por acaso fomos convidados a nos juntarmos a eles.

Uma orquestra brasileira em Edimburgo
Hora de começar o concerto! O aviso não chega em alto-falantes, mas com um senhor percorrendo todos os andares tocando um bom e velho sino. A plateia então se encheu na noite chuvosa em Edimburgo para ouvir nossa Orquestra tocar.

Steven e Fiona vieram por motivos distintos: ele porque adora a "raramente tocada" Sinfonia alpina, nos contou; ela porque admira a música latino-americana. Na primeira metade, se surpreenderam com os excertos da Suíte Vila Rica de Camargo Guarnieri e se impressionaram com o virtuosismo do violinista Roman Simovic. O músico de Montenegro juntou-se a nós para solar (de forma realmente radiante) o desafiador Concerto de Ginastera e a Fantasia de Waxman sobre os famosíssimos temas da ópera Carmen de Bizet.

Daniel Garvin, jovem violinista escocês de origem venezuelana, veio nos assistir com a namorada Esme MacBride-Stewart, trompista de Edimburgo, outra grande fã de Richard Strauss e do próprio Festival. Ambos queriam conhecer a Orquestra de perto. "Sou violinista, [e o Concerto de Ginastera] está um pouco além da minha capacidade [risos], mas ele é tão bom e foi tão incrivelmente bem feito. Algo maravilhoso", disse Daniel.

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Depois do intervalo, a Alpina, obra aguardada por Steven, Esme e por muita gente ali presente. Sob regência do nosso sensacional maestro Thierry Fischer, algo de mágico aconteceu no palco: a Orquestra adentrou na floresta, escalou inspirada a montanha, enfrentou as tormentas — na luxuosa companhia do centenário órgão do Usher Hall tocado por Cecília Moita —, viu o pôr do sol e entregou ao público uma performance que já entrou para a nossa história.

Ao fim, experimentamos (plateia e músicos) um momento cada vez mais raro nas salas de concertos: aqueles poderosos segundos de absoluto silêncio que sucedem uma peça monumental, como se precisássemos de um tempo para deixar sedimentar a beleza antes de estarmos prontos para irromperem os aplausos. E que aplausos! Os escoceses nos saudaram por minutos, o que, por um segundo, nos fez imaginar que estávamos diante da nossa entusiasmada plateia de casa. "Eu achei o concerto absolutamente espetacular. Na Sinfonia alpina, nós vimos a tempestade, o sol e as montanhas, e foi ótimo! Mas, acima de tudo, realmente gostamos de ver uma orquestra que não conhecíamos, e estamos muito felizes que vocês puderam vir do Brasil", disse John Paul.

Na Dança brasileira de Guarnieri, bis da turnê, tocávamos com leveza e sorrisos no rosto, como se dissessem uns aos outros como era bom estar aqui, fazendo o que fazemos e mostrando fora do Brasil o que temos orgulho de fazer, a cada semana, para o público que nos assiste na Sala São Paulo.

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Tapadh leibh, Alba! [Obrigado, Escócia!] Esperamos não demorar outros oito anos para nos vermos de novo. Próxima parada: Holanda! Terra de Vincent van Gogh, Eddie van Halen, tulipas, moinhos de ventos, stroopwafel e do lendário Concertgebouw, próximo palco da Turnê Europa — Osesp 70 anos.

A cobertura completa da #TurnêOsesp você encontra no nosso perfil do Instagram, @Osesp_!

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