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Eliane Chagas

Integrante da Osesp desde: 22 de abril de 2009. Obra favorita: Paixão Segundo São Mateus BWV 244, de J. S. Bach.

Natural de São Caetano, em Pernambuco, a soprano Eliane Chagas iniciou sua prática musical em duas instituições importantes de sua cidade natal, a Fundação Música e Vida e a Banda Sinfônica do Agreste, conjunto liderado pelo maestro Mozart Vieira. Nesses espaços, aprendeu solfejo, canto coral e teoria musical, e aventurou-se na flauta doce e, principalmente, no trombone. Mudou-se para o Recife ainda adolescente, após conseguir uma bolsa do Conservatório Pernambucano de Música. Bacharelou-se em canto pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sob orientação de Márcia Rangel. Sua grande mentora no canto lírico foi, contudo, a importante soprano brasileira Maria Lúcia Godoy, uma das maiores intérpretes de Villa-Lobos, que conheceu em 1992. Também crucial para sua formação foi o trabalho de aperfeiçoamento vocal que fez com Efigênia Côrtes até o início da pandemia.

Com o conjunto “Meninos de São Caetano”, outro nome pelo qual a Banda Sinfônica do Agreste é conhecida, fez uma participação no CD Anjo de Mim (Velas, 1998), de Ivan Lins, e uma turnê de três meses em que cantou e tocou trombone em uma dezena de cidades francesas. Foi nessa ocasião que pode solar as Bachianas Brasileiras n° 5, de Heitor Villa-Lobos, em evento comemorativo da UNESCO, em Paris. Integrou o Contracantos, grupo vocal de Recife dirigido pelo maestro Flávio Medeiros, com o qual, em 2006, se apresentou nas universidades de Indiana, Notre Dame, Princeton e West Virginia, nos Estados Unidos. Ainda no Recife, participou das montagens das óperas Carmen, de Georges Bizet, e O Cientista, de Sílvio Barbato, além de solar a Sinfonia nº 9 em Ré Menor Op. 125, L. V. Beethoven, e Carmina Burana, de Carl Orff, com a Orquestra Sinfônica do Recife e o coro da UFPE. Já em São Paulo, interpretou a Melodia Sentimental, de Villa-Lobos, junto à Orquestra Bachiana Filarmônica SESI-SP, em 2007, ano em que também solou na estreia da cantata Amazônia Protegida, do compositor Edmundo Villani-Côrtes. Participou também da trilha sonora do filme _A Orquestra dos Meninos _(2008), do diretor Paulo Thiago, que conta a trajetória da Banda Sinfônica do Agreste, que integrou na infância.

Atualmente, é preparadora vocal na Igreja do Santíssimo Sacramento, no bairro Paraíso. Das muitas memórias que tem com o Coro da Osesp, a mais especial permanece sendo o seu concerto de estreia na casa, quando, sob a regência de Isaac Karabtchevsky, apresentaram uma versão de concerto da ópera Falstaff, de Giuseppe Verdi. Entre seus projetos correntes, tem se dedicado ao estudo da fonoaudiologia e ao yoga, prática que, além de oferecer grande suporte em momentos cruciais de sua vida, contribui para o refinamento de seu trabalho de controle e relaxamento da respiração, decisivo para a técnica vocal.