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Erika Muniz

Integrante da Osesp desde: 06 de março de 2008. Obra favorita: Missa em Si Menor BWV 232, de J. S. Bach.

Natural do Rio de Janeiro, a soprano Erika Muniz iniciou seus estudos vocais com a atriz e professora de canto Sonia Dumont, em 2002. Ainda jovem, integrou o coro de alunos do Colégio Pedro II, onde cursou o ensino fundamental e médio. De 2002 a 2007, estudou canto na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde frequentou a classe do cantor e membro da Academia Brasileira de Música Inácio De Nonno. Licenciou-se em música pela Faculdade Cantareira em 2020 e, atualmente, aprimora-se vocalmente com a soprano Elayne Caser.

Ao longo de sua diversificada trajetória como coralista, destacam-se o seu trabalho junto ao Altivoz, o mais antigo coral do núcleo de corais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), bem como a sua colaboração com o tradicional Coro de Câmara Pro-Arte. Enquanto solista, esteve à frente de diversas orquestras, como a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, em Cartas Portuguesas, de João Guilherme Ripper, a Orquestra Petrobras Sinfônica, em Sonho de uma Noite de Verão Op. 61, de Felix Mendelssohn, a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, em árias de Lo Schiavo, de Carlos Gomes, e Porgy and Bess, de George Gershwin, a Orquestra Sinfônica Municipal de Jundiaí, em obras de José Maurício Nunes Garcia e Lorenzo Fernandez, e a Orquestra Ciranda Mundo de Cuiabá, cantando canções brasileiras. Solou por diversas vezes junto à Osesp, um repertório diversificado, como o Glória RV 589, de Antonio Vivaldi, a Petite Messe Solenelle, de Gioachino Rossini, Um Réquiem Alemão Op. 45, de Johannes Brahms, e a versão de concerto da ópera Porgy and Bess, de George Gershwin. Com a Osesp, foi solista ainda nos espetáculos Sinfonia de Cinema , Sinfonia de Games e Floresta Villa-Lobos, um tributo à cultura e à natureza brasileiras em 75 minutos de música sem intervalo e com um vídeo imersivo exibindo as riquezas da flora e fauna brasileiras.

Com sólida experiência em educação musical de crianças e adolescentes, foi regente do projeto de capacitação artística e cultural Bem Me Quer Paquetá, antes de assumir por dois anos, em 2012, a preparação vocal do Coral Cênico Infantil Dons e Tons. Essa preocupação com a conciliação de valores estéticos com questões sociais relaciona-se também à função desempenhada, entre 2010 e 2018, de professora de canto lírico e preparadora vocal do Instituto Baccarelli, um dos mais relevantes projetos sociais de música do Brasil. Em 2023, tornou-se regente do Coro Infantil da Osesp e, em razão disso, realizou estágio de observação com o Coro Infantil da Ópera Estatal de Hamburgo e os Meninos Cantores de Hamburgo, sob supervisão de Luiz de Godoy, em janeiro de 2024.

Em 2024, concluiu o mestrado em música na Universidade de São Paulo (USP), sob orientação de Ricardo Ballestero. Sua pesquisa aborda as possíveis relações entre sua performance musical e o feminismo negro através de conceitos como interseccionalidade e cantovivência, que aplica à obra Essa Negra Fulô, de Oscar Lorenzo Fernandez, e aos espetáculos “I, too, Sing”, em que cantou obras de Tania León, Florence Price e John Carter, e “Missa de Santa Cecília”, dos Meninos Cantores de Hamburgo, da Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP) e da Ocupação Cultural Jeholu, em que foi apresentada a Missa de Santa Cecília, de José Maurício Nunes Garcia. Recentemente, publicou o capítulo “Estratégia de Enfrentamento do Racismo na/pela Educação Musical”, que integra o livro Doma: Saberes Negros e Enfrentamento ao Racismo (Rio de Janeiro: Telha, 2023), editado por Cleyde Rodrigues Amorim e Vagner Gonçalves da Silva.

Das experiências com o Coro da Osesp, tem afetuosa memória de quando interpretou a ópera Porgy and Bess, em 2012, e de quando solou a Missa Brevis em Si Menor BWV 232 I de 1733, de J. S. Bach, sob a regência de Ragnar Bohlin, em 2016.

Erika adora pedalar e sente que um de seus pequenos regalos cotidianos é poder ir de bicicleta para a Sala São Paulo.