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Francisco Formiga

Integrante da Osesp desde: a reestruturação, em 1997. Obra favorita: Octeto em Fá Maior, de Franz Schubert.

Natural de Tauá, no Ceará, o fagotista Francisco Formiga estudou no Centro de Formação Artística e Tecnológica (CEFART) da Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte, e bacharelou-se pelo Conservatório Mineiro de Música, atual Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em 2017, concluiu o mestrado profissional em música pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), defendendo, sob a orientação de Pedro Robatto, a monografia intitulada Atualização de Diretrizes para o Projeto da Palheta do Fagote com Sistema Alemão (Heckel): Workbook Pessoal e Compilação de Elementos Envolvidos no Projeto de uma Palheta.

De 1987 a 1991, conquistou diversas premiações. Venceu o 3º Concurso para Solistas com a Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG e o Concurso Jovens Solistas EPTV-MG e ficou com o 1º lugar no 4º Concurso de Música de Câmara da Escola de Música da UFMG, certame em cuja 3ª edição ficara em 2º lugar. Conquistou ainda o 2º lugar no 6º Concurso para Solistas com a Orquestra Sinfônica da UFMG e foi finalista do Concurso Jovens Solistas Brasileiros, na Sala Cecilia Meireles, no Rio de Janeiro.

Antes de ingressar na Osesp, foi membro da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), monitor de fagote da Orquestra Experimental de Repertório (OER) e chefe de naipe da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Participou ainda de grupos de câmera formados por integrantes da Osesp em projetos de difusão musical na cidade de São Paulo. Ainda como estudante, esteve à frente da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG, e no Concerto para Fagote em Mi Menor RV 484, de Antonio Vivaldi, bem como no Concerto para Fagote e Orquestra em Fá Maior Op. 15, de Carl Maria von Weber. Como profissional, solou o Concerto para Fagote em Fá Maior, de Antonio Vivaldi, com as orquestras Antunes Câmara, de Câmara de Belo Horizonte e com a OSMG, e o Concerto para Oboé, Fagote, Cordas e Contínuo em Sol Maior RV 545, de Antonio Vivaldi, com Orquestra de Câmara de São Paulo (OCSP). Solou ainda o Concerto para Fagote em Si Bemol Maior K. 191, de W. A. Mozart, com a OSMG e com a Orquestra SESIMINAS, junto à qual solou ainda a Sinfonia Concertante para Sopros K. 297b, de W. A. Mozart. À frente da Orquestra de Câmara de Indaiatuba, interpretou novamente o Concerto RV 484, de Vivaldi e solou ainda o Concertino para Trombone Op. 12, de Ferdinand David. Junto ao Coro da Osesp, interpretou o Agnus Dei para Fagote e Coro Misto a Cappella Op. 167, de Egil Hovland.

Frequentou inúmeros festivais de música, como a 5ª, a 13ª e a 15ª edições da Oficina de Música de Curitiba, a 14ª, a 15ª e a 19ª edições do Curso Internacional de Verão de Brasília (CIVEBRA), o Festival de Inverno de Campos do Jordão de 1994 e o 21º Festival de Inverno UFMG. Em 1991, participou do Curso Internacional de Aperfeiçoamento Musical, em Anzio, na Itália, e do Curso Internacional de Aperfeiçoamento Musical em Poços de Caldas, Minas Gerais. Tocou em masterclasses ministradas por Claudio Gonella, Gerald Corey e Richard Svoboda, principal fagotista da Orquestra Sinfônica de Boston. Em 1993, fez uma masterclass com integrantes da Scottish Chamber Orchestra (SCO) e, em 1994, participou de uma oficina com integrantes da City of London Sinfonia (CLS).

Além de colaborar em quase todos os álbuns lançados pela Osesp, destacou-se no CD Jobim Sinfônico (Biscoito Fino, 2002). Com o grupo Camaleon Bassoons, formado pelos membros do naipe de fagotes da Osesp e voltado para a execução de um repertório diverso de arranjos e composições para o grupo, gravou o CD Movimento (Independente, 2021). Foi professor na EMESP Tom Jobim, de 2001 a 2003, e na Faculdade de Artes Alcântara Machado, atual Centro Universitário FIAM-FAAM, de 2004 a 2010. Professor da Escola Municipal de Música de São Paulo (EMMSP) e da Academia de Música da Osesp, é autor do primeiro método de construção de palhetas de fagote editado no Brasil, Bassoon Reed Design and Reedmaking Life Hacks: A Personal Guide (2020).

Dos inúmeros momentos com a Osesp, lembra-se especialmente do emocionante concerto de inauguração da Sala São Paulo, em 9 de julho 1999, quando, regidos por John Neschling, interpretaram a Sinfonia nº 2 — Ressurreição, de Gustav Mahler.

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