PRAÇA JÚLIO PRESTES, Nº 16
01218 020 | SÃO PAULO - SP
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SEG A SEX – DAS 9h ÀS 18h
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ENSAIOS
Sozinho
Autor: Paul Griffiths
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18/mai/2022
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Esta é uma ocasião especial. O violino, acostumado a ouvir outros instrumentos abaixo do Sol Médio, que é o limite de sua extensão inferior, agora está só. E o violinista, normalmente um parceiro ou uma estrela num grande grupo, está sozinho.
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Em busca de uma linguagem
Autor: Entrevista de Jimmy López a Gabriela de Souza
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24/mar/2022
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Um dos compositores jovens mais promissores do mundo, vencedor de inúmeros prêmios, o peruano Jimmy López passou
por duas crises estéticas até começar a encontrar seu estilo e identidade musicais. "Ephemerae", concerto para piano e orquestra inspirado em notas de fragrâncias, terá estreia latino-americana na Sala São Paulo.
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Um Clássico Popular
Autor: Diego Fischerman
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24/mai/2021
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(...) Talvez por seu infalível ouvido “popular”, por imaginar-se a si mesmo como intérprete — inclusive nas obras que não o tinham como protagonista — e diferentemente de muitos dos experimentos realizados durante a segunda metade do século XX para estilizar músicas de tradição popular e colocá-las na órbita do concerto clássico, a música de Piazzolla, mesmo a mais intrincada, sempre soa natural. Sempre tem a fluidez da improvisação, do assobio das ruas, do músico popular, do saber do povo.
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Saint-Saëns, o compositor viajante
Autor: Stéphanie Leteuré
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23/mai/2021
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Na primavera de 1890, a imprensa parisiense se preocupava com o inexplicado desaparecimento de Camille Saint-Saëns. O compositor abandonara definitivamente sua residência na rua Monsieur-le-Prince,
não fornecera nenhum endereço ofi cial, legara à cidade de Dieppe [no norte da França] suas coleções particulares e pusera sua biblioteca musical em depósito na Casa Érard [célebre loja de fábrica de pianos, em Paris].
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Figuras parisienses: Camille Saint-Saëns
Autor: Marcel Proust
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22/mai/2021
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“É um gênio, diz uma velha lenda, mas um gênio burlão. Rei dos espíritos da música e do canto,
ele possui todos os segredos, e mesmo aquele, tão logo queremos nos aproximar dele, de fugir para o mais longe, sempre incapturável.”
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A construção da modernidade nos balés de Stravinsky
Autor: Entrevista de Thierry Fischer a Arthur Nestrovski
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21/mai/2021
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Thierry Fischer, Diretor Musical e Regente Titular da Osesp, tem regido "A Sagração da Primavera" quase anualmente nas últimas duas décadas. A modernidade dos balés de Stravinsky simboliza sua perspectiva de trabalho com a orquestra.
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Stravinsky e a vontade criativa
Autor: João Guilherme Ripper
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20/mai/2021
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Ludwig van Beethoven, cujos 250 anos de nascimento celebramos em 2020, foi o primeiro compositor a fazer uma carreira sem vínculo de emprego com corte ou igreja, sustentando-se apenas com recursos obtidos por meio de concertos, publicação de partituras e patronato de nobres. A autonomia de Beethoven associada ao seu inesgotável impulso criativo fizeram dele o senhor da invenção e dos percursos artísticos pelos quais se aventurou.
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O sistema e a ideia
Autor: Pierre Boulez
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19/mai/2021
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Sempre se acentuou a evolução da linguagem rumo a um cromatismo total e, a partir da Escola de Viena — que manifestou particularmente essa continuidade da evolução —, a linhagem Wagner-Mahler-Schoenberg se impôs como o símbolo da renovação.
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Contar histórias pela linguagem musical
Autor: Entrevista de Gabriela Montero a Júlia Tygel
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18/mai/2021
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A pianista venezuelana Gabriela Montero, Artista em Residência da Temporada 2020-2021, explica como os programas que tocará com a Osesp se relacionam com sua própria trajetória.
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Universos infinitos
Autor: Entrevista de Esteban Benzecry a Arthur Nestrovski
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17/mai/2021
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O argentino Esteban Benzecry, Compositor Visitante desta Temporada, conta como une, em sua música, a inspiração em tradições latino-americanas a cores orquestrais francesas.
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O sistema e a ideia
Autor:Pierre Boulez
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19/mai/2021
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Sempre se acentuou a evolução da linguagem rumo a um cromatismo total e, a partir da Escola de Viena — que manifestou particularmente essa continuidade da evolução —, a linhagem Wagner-Mahler-Schoenberg se impôs como o símbolo da renovação. Mas não se deve esquecer de que se tratava de um certo tipo de renovação no qual as funções muito direcionais da linguagem harmônica se dissolveram, de fato, graças ao recurso constante de acordes que podemos chamar de acordes vagos, mas que teria sido possível chamar mais exatamente de “acordes multidirecionais”. Por outro lado, as relações de voz a voz no contraponto são governadas, cada vez mais, pela complementaridade cromática. Mas existe outra diretriz da renovação que começaria em Mussorgsky e prosseguiria graças a Debussy e Stravinsky. Aqui já não se trata de dar aos objetos uma ambiguidade constante. Com frequência, conservam-se objetos perfeitamente identifi cáveis, mas eles ficam imobilizados numa dada posição acústica, e deles se retira toda funcionalidade de encadeamentos. Os acordes paralelos de Debussy são um modelo desse gênero. O acorde perfeito, de sétima ou de nona, não assume mais a função de acorde perfeito, de sétima ou de nona: ele é a amplificação acústica, por assim dizer, de uma nota simples. Em Stravinsky, o fenômeno torna-se mais rico — na Sagração da Primavera em particular —, com notas adjacentes que tornam complexo um objeto simples, retirando-lhe com isso menos de sua função primitiva ou de dispositivos que nada mais têm a ver com um acorde “funcional”, mas que estão ali essencialmente por suas propriedades acústicas. Varèse se servirá deles de igual modo. [...]
Se, em Debussy, o universo harmônico incide tanto sobre o diatonismo quanto sobre o cromatismo — Wagner em Parsifal, e também em Tristão, não se priva muito dessa dialética —, o Stravinsky da Sagração da Primavera e Varèse igualmente utilizam agregados essencialmente cromáticos nos quais a funcionalidade é posta em dúvida desde o início, por causa das tensões criadas no interior mesmo do objeto harmônico.
A evolução dessas duas linhagens, por mais distantes que possam parecer, se baseia portanto num mesmo fenômeno: a rejeição de funções estabelecidas como base consistente e coerente da linguagem.
Pierre Boulez. “Le Système et l’Idée.” In: Jalons (Pour une Décennie). Paris: Christian Bourgois, 1989. Tradução de Marcos Bagno. |
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